← Back to portfolio

Dia Internacional da Mulher... temos motivos para comemorar?

O 8 de março foi instituído Dia Internacional da Mulher na década de 1960 e reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1977. A escolha da data está relacionada a diversos marcos históricos, entre eles o famoso incêndio em uma fábrica têxtil na cidade de Nova York, Estados Unidos, em 1857. Na ocasião, 125 operárias que trabalhavam no local morreram carbonizadas, pois as portas estavam trancadas. Depois de 162 anos, episódios de violência contra mulheres continuam se repetindo por todo o mundo, apesar de todas as mudanças sociais, dos direitos conquistados e das leis que punem crimes contra mulheres.

O Brasil é o quinto país com a maior taxa de feminicídios do mundo. Quando o assunto é violência contra a mulher, não existe local, classe social ou faixa etária. As estatísticas são implacáveis. Segundo o Instituto Patrícia Galvão, a cada dois minutos uma mulher registra agressão sob a Lei Maria da Penha; a cada nove minutos uma mulher é vítima de estupro; a cada dia, três mulheres são vítimas de feminicídio. Em 2017, mais de 1,1 mil brasileiras foram assassinadas por questões de gênero, um terço do registrado em toda a América Latina.

Ainda assim, as mulheres são maioria e estão lutando cada vez mais por mais espaço em todas as esferas sociais. A Rede de Trabalhadoras da Educação, que reúne mulheres latino-americanas, constatou que 80% das filiações de organizações sindicais de trabalhadores em educação na América Latina correspondem a mulheres. No Brasil, elas são 87% das pessoas que trabalham com educação.

Para fortalecer ainda mais a participação das mulheres em espaços organizados a APP Sindicato conta com a Secretaria da Mulher Trabalhadora e dos Direitos LGBT e com o Coletivo Feminista, que consideram a educação promotora de igualdade, respeito e democracia.

DENUNCIE

A Delegacia da Mulher de Cianorte fica na Rua Abolição, 538, e atende ocorrências de 6 cidades da região. Vítimas de agressão podem ir ao local de segunda a sexta-feira. Fora de expediente, as denúncias podem ser feitas pelos telefones 181 ou 190.

Fontes: Jornal 8 de Março – APP-Sindicato e Revista Mátria – CNTE.

“Apesar de todas as conquistas que tivemos ao longo do anos, ser mulher no século XXI ainda é um grande desafio. E talvez o maior deles seja conciliar os diversos papeis que desempenhamos em nosso dia a dia (mulher, mãe, amiga, profissional, esposa, amante, etc) sem culpas e ainda lutar por espaço e respeito de nossos pares” - Eliane Moreira, 39 anos, professora.

“O maior desafio da mulher de hoje é ser ouvida. Nossa voz, quando não é calada, é desqualificada ou menosprezada. E mulher sem voz é medo” - Alessandra Rodrigues, 42 anos, professora.

A edição completa do Jornal Intervalo está disponível no link:
https://issuu.com/app-sindicato/docs/jornal_intervalo_ns_cianorte_-_ed02